Devolva-me.

Queria ao menos voltar a quando eu sorria, e era verdadeiro. Quando no lugar de angustia e solidão, não havia nada, mas não fazia sofrer. Quando a tristeza se apossou de mim, não me deu um manual dizendo como a irritar e mandá-la embora; ao contrario, tomou até o lugar da vontade, da alegria. Eu não era assim, tristeza, por favor!? Devolva minha alegria; devolva-me à alegria, eu preciso.
  Preciso não ter motivos e nem vontade de lagrimas sendo seguradas, e assim mesmo escorrendo desesperadamente, não ter motivos para permanecer isolada, não ter motivos para um abraço quase me fazer chorar, palavras que insignificantes me fazem pirar, coração que não fique a disparar. Devolva-me, ao  estado bruto, mas tem um detalhe, talvez eu não queira que esse estado volte, mas talvez isso me faça melhor, até mesmo pra minha sorte.
(A.C)