Por: Cristinne.AC

sábado, 6 de agosto de 2011

Sim! Eu assumo, sou uma péssima atriz; não sei interpretar alguém diferente do que sou no instante chamado agora, muito menos do momento chamado daqui a pouco, ou ontem. Ás vezes eu deveria, e isso não se chamaria dramaturgia, e sim defesa da vida real, dos sentimentos confusamente reais. É, realmente, eu interpreto mal; e se é mal assim que vou levando, não faço questão, porque isso não é diferente do normal, muito menos do real. 
E se assim eu estou, é assim que vou caminhando, ou é assim que fico esperando, meio a mercê do destino, que sei que não existe, mas se existe eu não resisto, e apenas insisto.
E agora, e desde algum tempo, coração amargurado, apertado ou a ponto de explodir; sem nada pra ser culpado, sem nada pra aliviar, se é assim sem nada e sem motivo, vou deixando ele explodir, uma hora ele se renova, e não tenho e nem terei pra que mentir ou fugir. 
Sorrisos, alguns poucos e amarelados, mas não fingidos; é pra quem merece, é pra quem me da liberdade de lhes ser assim, é pra quem me sorri e me passa confiança, e sinto ás vezes não conseguir. 
Apegada a pessoas, que se quer não imaginam, mas sou assim, não sei deixar claro para elas que considero amigas(os), pensam que são apenas próximas, ou me consideram amiga e imaginam que isso não seja recíproco, as vezes se afastam, as vezes bem próximas, mas não consigo fazer com que seja diferente, pelo menos não agora.
É comum ouvir de algumas pessoas "eu não imaginava você assim" , ou, "hoje eu conheci uma parte sua que me surpreendeu", ou até mesmo, "foi bom ter visto você agindo assim"; apenas porque algumas só presenciam a parte séria e grossa do que eu sou. 
Posso até não demonstrar, não assumir, mas me faz bem ver pessoas ao meu redor ficarem felizes, estarem bem; e me deixa mal saber ou ver que essas não estão bem, saber que essas precisam de motivação, de alguém para desabafar, apenas para ouvi-lás; mesmo que essas não saibam, quando quiserem podem contar comigo.
Estou tentando me por em primeiro lugar, mas não é fácil, ainda mais quando esse lugar está vazio, e nem eu mesma o assumo.
Com um humor repleto de altos e baixos, inconstante, vulnerável mas uma hora se equilibra, é que agora não é a hora.
Pensamentos me enchem, as vezes sufocam, as vezes me aliviam. Às vezes me iludem ou se quer não me fazem nada. Há muita coisa que não esta clara, é apenas muito confuso, chega a ser intrigante, mas ás vezes eu prefiro deixar isso quieto. 
E todo dia eu me renovo, eu me inovo, mesmo sendo sempre tão igual, mas nada permanece a mesma coisa, mesmo com as mesmas imagens, frases, coisas e sentimentos; porque pra tudo isso não existe replay.
E se o que eu disse agora, não é o que eu ando sendo, eu assumo enquanto eu escrevia estava assim, ou, você não percebeu e me vê algo bem diferente do que ando sendo, se pra você eu só finjo, pra mim não é fingimento, porque isso aqui se chama vida, e nela independente do que você faça, pense ou diga, nada será fingido por que em ao menos um momento foi vivido.
(A.C)

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