É como se eu estivesse ficando velha, mais do que ontem e muito mais até que o amanhã. Sem vontades direcionadas. Sem animações. Sem expectativas. É como se o meu corpo, fosse apenas um saco de ossos cuja alma tivesse deixado de apenas cochilar e tivesse entrado em um sono profundo, um estado, talvez, de coma. E se por um lado a vontade de viver o que tenho pra viver, o que deixei de viver, e, de viver aquilo que aprendi apenas com os outros, escutando-os e analisando-os, quem sabe. Sim! a vontade de errar e aprender com os próprios erros, porque os meus, talvez poucos, quem sabe o maior de todos seja de não ter vivido e não ter errado o quanto realmente deveria. Já por outro lado, a vontade de apenas estar só, de não ser notada, um verdadeiro ostracismo seja talvez esse o meu querer, ou talvez não. Mas é que essa dualidade me conforta, me apavora, me enlouquece, me favorece. Estremece.
(A.C)

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